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Preconceito e exclusão

  • Foto do escritor: Jovenart Produtora
    Jovenart Produtora
  • 28 de jun. de 2022
  • 2 min de leitura

Atualizado: 29 de jun. de 2022

Simone Mattos


Na contemporaneidade ainda nos deparamos com o preconceito e exclusão de indivíduos que são ditos pela sociedade como pessoas diferentes. Mas o que podemos entender por essas diferenças? Somos indivíduos únicos, cada um com seu jeito de ser e de lidar com a sociedade. É essa sociedade que nós vivemos que nos impõem padrões de comportamento, dita a maneira que devemos nos vestir, falar e se comportar, sendo assim quem se destoa desse padrão é visto como diferente. Neste sentido temos que seguir um padrão de comportamento, quando nos desviamos dele, ocorre a exclusão e o preconceito.

Mas porque ocorrem esses processos? Eles ocorrem em função dos estereótipos que vão sendo criados com alguns grupos sociais. O estereótipo é um conjunto de valores que fazem parte de características do que é imposto para os membros de um determinado grupo, como: raça, profissão, sexo, idade, bairro onde reside, e outros. Vamos utilizando categorias para os grupos sociais, como: os brancos, os negros, os nordestinos, os jovens, os velhos, os estudantes, enfim, vamos enquadrando os indivíduos dentro de determinados grupos. Esses valores vão determinar a forma que a sociedade irá se comportar com os grupos estereotipados, podendo ocorrer o preconceito, que vamos definir como sendo atitudes que envolvem um julgamento antecipado, sem fundamento, na maior parte das vezes negativo, em relação a essas pessoas ou grupo de pessoas.

Percebe-se que o preconceito tem três componentes: o cognitivo, que envolve a maneira como penso sobre determinado grupo, o afetivo, que envolve o sentimento para com esse grupo ou pessoa, e o comportamental que envolve a ação para o grupo ou pessoa. Ação essa que percebemos com frequência em nossa sociedade. A mídia está sempre noticiando casos de agressão contra determinados grupos estereotipados. É difícil compreendermos como pode um ser humano agredir outro, se todos somos indivíduos iguais e com mesmos direitos perante a Constituição Federal Brasileira. Dentro deste contexto podemos citar o pensamento de Lígia Amaral que nos diz “Ao dizermos (ou até mesmo pensarmos) frases do tipo: “é paralítico, mas tão inteligente”, “é negro, mas tem alma de branco”, “é homossexual, mas tão sensível”... estamos compensando aquela característica ou condição que consideramos espúria e, portanto, negando-a ao contrapô-la a um atributo desejável – o “mas” denuncia esse movimento.” (1988, P. 20).

Vamos repensar a produção desse “mas” e olhar os indivíduos pelas suas habilidades, pelos seu talentos e competências, não pelas suas diferenças. O que vamos percebendo é um distanciamento entre as pessoas, gerando muitas vezes um desconforto nas relações. A sociedade desde o dia que nascemos vai nos mostrando padrões de comportamento, de valores. Vamos introjetando-os conforme nossa identificação.

A família é fundamental na busca desses valores. A Educação é primordial para a reflexão da convivência entre os seres e essa reflexão ajuda na valorização de si e dos outros. Segundo Lindngreen, um teórico da educação formal, um dos objetivos principais da educação é erradicar a ignorância, que está ligada ao preconceito, ele diz: “Realmente, o preconceito expressa-se como um desejo de permanecer ignorante” (1965, p. 291). Só vamos eliminar o preconceito perante as diferenças quando entramos em contato com o conhecimento. Esse conhecimento é obtido através das experiências vividas no cotidiano, na escola formal e no seu próprio autoconhecimento.


 
 
 

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